O primeiro bloco do Grupo de Estudos reuniu pessoas de diferentes estados do país, entre eles Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Piauí e o Distrito Federal. O estudo e a reflexão sobre “Representatividade” deu-se a partir de recursos que reuniram as vozes de Lélia Gonzales, Bell Hooks, Lia Vainer Schucman, Lázaro Ramos,Taís Araújo, Ma Rainey, Poetas Vivos e Síganus, além de cineastas brasileiras.
Sob a condução de Daniele Barbosa, o coletivo construiu o seu modo de escuta e indagação a cada encontro, acolhendo a reflexão e a experiência de pessoas envolvidas com instituições culturais, educação, justiça, psicologia e artes. Ao final, com a sensibilidade ativada para identificar o desequilíbrio de representatividade das pessoas negras no contexto de cada participante, foi possível esboçar ações de um movimento de esperança para a diminuição de efeitos destrutivos e para a autorrecuperação coletiva (hooks, 2021).
Pamela Zorn e Iury Araujo fizeram a relatoria de cada encontro, acesso pelas imagens.
O segundo bloco do Grupo de Estudos igualmente reuniu pessoas de diferentes estados do país, colocando em contato quem trabalha em museus, na educação, no setor judiciário, na gestão ambiental, incluindo também ativistas e artistas. O estudo e a reflexão sobre o “Mito da democracia racial e miscigenação” no Brasil foi coordenado por Carla Batista, responsável pelo Núcleo Educativo do MARGS, com o objetivo de refletir sobre como historicamente a miscigenação, no âmbito dos discursos de formação de identidade nacional, atuou e atua para a indefinição e negação do racismo.
Ofereceu-se um conjunto de recursos composto por intelectuais, docentes e artistas como: Kabengele Munanga, Rosana Paulino, Lilia Schwarcz, Maria Aparecida Silva Bento, Fernanda Bastos, Igor Simões e Renata Sampaio. As obras “A redenção de Cam” (1895), de Modesto Brocos e “Amnésia” (2015), do artista Flávio Cerqueira, aprofundaram tanto a mobilização de memórias, quanto as reflexões coletivas.
O grupo produziu um conhecimento único, dado pelo inicialmente por interesse e estudo comuns, porém intensificado por um crescente estado de engajamento e de responsabilidade. A disposição para falar e escutar, assim como para fazer avançar novas posturas, permitiu identificar atitudes que podem desnaturalizar construções simbólicas que fixam identidades.
As relatorias artísticas deste bloco, novamente feitas por Pamela Zorn e Iury Araujo, componentes da equipe que conduz o Grupo de Estudos, estão disponíveis abaixo.